Notícias da diocese › 16/05/2018

Conheça 5 motivos para promover a Coleta de Pentecostes na sua paróquia

1 – O que é a Coleta de Pentecostes?
No começo dos anos 90, esteve em visita ao Rio Grande do Sul o bispo moçambicano Dom Francisco Silota com a missão de pedir socorro aos bispos do Brasil, pedindo que enviassem missionários ao seu País para ajudar o seu povo. Sensibilizados pelo clamor dos irmãos moçambicanos, os bispos do Brasil criaram então o projeto Igreja Solidária CNBB Sul 3 Moçambique, enviando em julho de 1994 a primeira equipe missionária composta por três religiosas e um padre. Inicialmente o projeto foi planejado para durar 15 anos, mas passado este período, devido às agudas carências do povo moçambicano, foi renovado após acordo entre o Bispo Dom Tomé, da Diocese de Nampula, e o bispo representante do projeto no Brasil, Dom Jaime Kohl. Em todas as missas nas nossas comunidades eclesiais há o pequeno e “grandioso gesto” de depositar uma oferta, no altar, de um pequeno valor em dinheiro. Assim também são  arrecadados os recursos que atendem a missão em Moçambique. O período de Pentecostes, quando acontece a coleta, é uma das mais importantes celebrações do calendário cristão, que comemora a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo e sobre Maria, sua mãe, deixando a mensagem para que partissem com a missão de levar a Palavra de Deus ao mundo inteiro.

 

2 – Qual o destino dos recursos da coleta?
Destinados à Animação Missionária do Regional, principalmente com o objetivo de manter e fortalecer o compromisso assumido com a Arquidiocese de Nampula, em Moçambique, os recursos da Coleta de Pentecostes são destinados à manutenção dos missionários com passagens e carros para percorrer as grandes distâncias entre as comunidades, projetos sociais desenvolvidos nestes locais, como a perfuração de poços, as aulas de reforço escolar, a promoção da saúde popular com a plantação de ervas medicinais entre muitas ações. Além do envio a missão em Moçambique, os recursos da Coleta de Pentecostes também são encaminhados, quando necessitados, para as Igrejas Irmãs na Amazônia, auxiliando também lá em alguns projetos, como a manutenção de barcos e visitas pastorais nas longas distâncias. Aqui no Rio Grande do Sul, os valores ainda são empregados na formação e encontros missionários, e na promoção das obras missionárias pontifícias.

 

3 – O que é a Missão Moçambique?
O Projeto tem o objetivo de ajudar a Igreja de Moçambique (África) com o envio de missionários e missionárias, leigos, leigas, religiosos (as) e padres. A equipe auxilia em duas paróquias da Arquidiocese de Nampula, distritos de Moma e Larde, na organização paroquial, animação dos ministérios e serviços, promoção das vocações presbiterais e religiosas e formando animadores e animadoras. Os missionários e missionárias, enviados pelo Regional Sul 3 da CNBB (Rio Grande do Sul), cultivam o respeito pela cultura e história do povo moçambicano promovendo a cooperação fraterna e inculturada. Desde o Concílio Vaticano II, a Igreja vem redescobrindo sua identidade, que é essencialmente missionária. Atendendo ao apelo da Conferência de Puebla, que convoca a “dar de nossa pobreza” em prol da atividade missionária, o Projeto Igrejas-Solidárias: Missão Moçambique surgiu como uma resposta concreta ao chamado universal da missão. Esta iniciativa fortalece o espírito missionário do Regional Sul 3, envolvendo todos os sujeitos da Igreja.

 

4 – O que foi feito em 25 anos de Missão Moçambique?
Em 2019 o Projeto Igrejas Solidárias Moçambique irá completar 25 anos. O que para nós Regional Sul 3 é um momento de profunda ação de graças pelas inúmeras bênçãos que esta ação missionária tem nos proporcionado. Neste período mais de 50 missionários (as) partilharam da sua vida, junto ao povo moçambicano, no atendimento às Paróquias de São Miguel Arcanjo de Micane e São Paulo Apóstolo de Larde, o que corresponde no acompanhamento a mais de 140 comunidades cristãs. Desta forma, promovendo o seu fortalecimento e crescimento espiritual e social, e contribuindo na formação de inúmeras lideranças a partir de seus ministérios leigos e na vivência da palavra e da Eucaristia. A presença da equipe se estende à toda a comunidade, além das estruturas eclesiais. Os pequenos projetos sociais que visam o auxílio na educação, sustentabilidade, acesso à água e à saúde têm como objetivo atingir todos aqueles que buscam apoio da Igreja, independente do seu credo. O incentivo as vocações locais, religiosas ou diocesanas é característica marcante do projeto. Para isto, mantemos o lar vocacional de Moma que visa acolher jovens estudantes, vindos das comunidades cristãs após acompanhamento, para discernir a sua vocação. Esta iniciativa que começou em 2009, resulta hoje em mais de 15 jovens que estão nas casas de formação. O esforço dos missionários e missionárias enviados, expressão da fé e da cooperação de nossa Igreja do RS, junto com as lideranças das comunidades, são o testemunho vivo em resposta à convocação de Cristo por uma Igreja em estado permanente de missão, próprio de sua natureza e identidade.

 

5 – O que falta fazer?
Apesar de completar 25 anos, nosso projeto ainda está em fase de amadurecimento e precisa se fortalecer e dar passos cada vez mais firmes para a animação e cooperação missionária. Lembramos que o objetivo principal do projeto é que nossa equipe seja uma presença solidária e fraterna, inserida na realidade local, não como protagonista, mas como aquela que apoia e desenvolve as lideranças, construindo e sonhando com o povo pouco a pouco. Para isso, contamos com a generosidade financeira e as orações de nossas comunidades, mas principalmente também com a disposição e gratuidade de nossas 18 dioceses em incentivar e promover o envio de leigos, leigas e de padres. Sabemos que mesmo em nosso Estado, há carência da presença de padres para ministrar os sacramentos e dinamizar as comunidades. Mas somos convidados a dar de nossa pobreza, para que dela, a Providência Divina possa gerar frutos vocacionais. Muitas dioceses ainda não colaboraram com o envio de missionários, precisamos fazer arder os corações em direção a missão Ad Gentes, não como uma etapa no processo de amadurecimento de nossa Igreja local, mas como necessidade fundamental no caminho do discipulado de Cristo.

 

 

Fonte: Regional Sul 3 da CNBB

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