A Voz do Bispo › 23/11/2018

O sal da terra e a luz do mundo

Com a solenidade de Cristo Rei do Universo, estamos concluindo o Ano do Laicato aberto na mesma festividade do ano passado com o objetivo de aprofundar a identidade dos leigos e leigas na Igreja e na sociedade e tornar mais conhecido o documento 105 da CNBB que deseja promover o seu protagonismo.

Comecemos lembrando que o documento de Puebla identifica os leigos como homens e mulheres da Igreja no coração do mundo e como homens e mulheres do mundo no coração da Igreja.

E o de Aparecida pede “maior abertura de mentalidade para que entendam e acolham o ‘ser’ e o ‘fazer’ do leigo na Igreja, que por seu Batismo e sua Confirmação é discípulo e missionário de Jesus Cristo”.

O Documento 105 depois de lembrar os vários rostos da atuação dos leigos: casais, mulheres, jovens, crianças, idosos, solteiros, viúvas… é enfático: “A Igreja se alegra com os cristãos leigos e leigas que são ministros de coordenação e líderes nas dioceses, paróquias, comunidades, pastorais e movimentos. O ministério de coordenação e de liderança é um verdadeiro lava-pés, cuja função é animar, organizar e coordenar a vida das comunidades, seguindo Cristo Bom Pastor e agindo em nome da Igreja e em favor do povo. O bom exemplo das lideranças cativa, convence e anima toda a comunidade. Liderar é um ato de amor à Igreja” (59).

E ainda: “A corresponsabilidade exige uma mudança de mentalidade, relativa, em particular, o papel dos leigos na Igreja, que devem ser considerados não como ‘colaboradores’ do clero, mas como pessoas realmente ‘corresponsáveis’ do ser e do agir da Igreja” (87).

“A vivência dos carismas e o exercício dos ministérios no interior da Igreja não devem substituir nem mesmo diminuir o empenho dos cristãos leigos e leigas no campo do mundo” (88) porque ali é seu principal campo de missão.

“O cristão leigo é verdadeiro sujeito eclesial mediante sua dignidade de batizado, vivendo fielmente sua condição de filho de Deus na fé, aberto ao diálogo, à colaboração e à corresponsabilidade com os pastores” (119).

“Não é mais possível pensar uma Igreja que não incentive a participação e a corresponsabilidade dos cristãos leigos e leigas na missão. Estes devem ser reconhecidos e valorizados, não somente nas equipes de liturgia e de catequese, mas também no ministério teológico, nas coordenações, assembleias de planejamento, conselhos pastorais e econômicos e em outras instâncias de decisão, tendo em vista a missão comum em favor do Reino de Deus.” (160).

Como afirma a senhora Marcia Signorelli, do Conselho Nacional do Laicato do Brasil: “Um cristão leigo, leiga, que só se sente cristão no interno da Igreja é como o sal que vive dentro do saleiro, não faz o seu papel”.

Faz parte da natureza do cristão, da sua missão, salgar, dar sabor e sentido a vida do mundo, iluminar os caminhos e fazer história. Vamos viver assim: com nosso testemunho de vida alegre seremos sal da terra e luz do mundo.

 

Para refletir:

1. Consigo perceber a importância da presença ativa dos cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade?

2. O protagonismo dos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade já é convicção e compromisso assumido?

3. Como posso ser mais sal e luz que dá sabor e sentido à vida do mundo?

 

Textos bíblicos: Mt 5, 13-14; Jo 18, 33-37; Gl 5,1; Sl 92(93).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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