Com grande festa, foi confirmada a sede da próxima Jornada Mundial da Juventude: Lisboa 2022. O anúncio foi feito pelo cardeal Kevin Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, na Missa de Envio celebrada hoje de manhã pelo Papa Francisco na Cidade do Panamá. Assim, depois da JMJ 2016 em Cracóvia, na Polônia, o evento retorna ao continente europeu.
O anúncio foi acompanhado por uma delegação do Patriarcado de Lisboa, presidida por Dom Manuel Clemente, cardeal patriarca de Lisboa; pelo Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa; e pelo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina. Após o anúncio, foi apresentado o vídeo oficial da JMJ 2022.
Para o Cardeal Patriarca de Lisboa, Dom Manuel Clemente, o anúncio do Papa é uma feliz confirmação de algo que Portugal já esperava há muito tempo porque as vinte dioceses do país sempre tiveram a esperança de viverem uma JMJ. Para o patriarca, a escolha também revela o grande dinamismo da juventude católica, além da proximidade com o continente africano, o que revelou ser também um dos motivos da escolha por Portugal.
“Nós em Portugal estamos particularmente situados para fazer uma ponte com a África. Nós temos muitas ligações com o continente, temos uma grande população africana em Lisboa, em Portugal. Hoje tive a oportunidade de compartilhar aos bispos africanos, em especial aos de Angola, que esta é uma realização nossa, que tenho certeza que estreitará nossas relações, que já são boas, mas ficarão melhores. E claro com amigos brasileiros, maior comunidade estrangeira, se podemos dizer estrangeiros para os brasileiros em Portugal, e que lá estarão com toda certeza”, disse o patriarca.
O pedido oficial para receber o evento foi feito no final de 2017, mas desde 2012 que em várias reuniões do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, no Vaticano, a hipótese de Portugal como sede era pensada.
Uma jornada inspirada por uma vocação universal da Igreja Portuguesa
Para os representantes do país presentes no Panamá nesta manhã, a escolha de Lisboa é também uma “vitória da língua portuguesa”, como disse o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.
“Ficamos felizes que desde o início da candidatura se apresentou com este espírito dos países de língua por para nos é muito bonito que haja esta comunhão também com os países africanos e eu, como brasileiro, que recebi a fé de Portugal, também fico feliz com a possibilidade de trabalharmos juntos”, disse o secretário do dicastério, Pe. Alexandre Awi Mello.
Para o secretário, a jornada em Lisboa entra nos planos de Deus de uma vocação evangelizadora universal da Igreja portuguesa, fazendo referência a história do país, marcada pelas navegações e tantos missionários que evangelizaram as terras descobertas, como aconteceu com o Brasil.
“No Plano de Deus, Portugal foi feito para levar o evangelho a muitas partes e sabemos de tantas nações que receberam o evangelho das mãos, bocas e corações de tantos portugueses. Por isso, essa Jornada com vocação universal, onde todos serão acolhidos no coração de Portugal e em Lisboa nas margens do Rio Tejo, de onde tantos e tantos evangelizadores partiram, tem uma emoção própria, que é parte da vocação missionária universal da Igreja portuguesa. Desde já agradecemos os portugueses por manterem esta bela tradição e não terem medo, assumirem este desafio com a mesma ousadia dos navegantes que levaram o evangelho por todas as partes”, agradeceu o secretário.
por Adilson Jorge, do Jovens Conectados