Continuamos escutando textos bonitos sobre a ressurreição de Jesus e seu significado para a história da salvação. Nesta semana meditaremos o capítulo 21 de São João, que segundo os estudiosos é um acréscimo posterior, mas de uma beleza incrível.
Passado o evento da morte de Jesus, os apóstolos voltaram as suas atividades normais. Com o desejo de aliviar o stress, Pedro diz: “Eu vou pescar”. Os outros responderam: “Também vamos contigo!” Pescaram a noite inteira e nada apanharam.
Já amanhecia quando aparece alguém na margem e pergunta: “Tendes algo para comer?” Tendo respondido que não, o desconhecido sugere: “Lançai a rede à direita da barca e achareis”. Fizeram e qual não foi a surpresa? A rede se encheu que quase não conseguiam puxá-la para fora.
Como sempre acontece, quem ama chega antes. O discípulo amado disse a Pedro: “É o Senhor!”. Ouvindo isso Pedro correu para verificar a feliz surpresa: o Crucificado vive e continua a operar os milagres de outrora.
Depois da comensalidade vem a prova dos nove para Pedro. Jesus lhe pergunta: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?” E ele: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Ao que Jesus responde: “Apascenta os meus cordeiros”. Perguntou uma segunda e uma terceira vez. E Pedro confessou: “Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo”. E Jesus mais uma vez: “Apascenta as minhas ovelhas”. Com isso Pedro viu-se confirmando em sua nova missão de pastorear o novo povo de Deus.
Deixo a vocês leitores fazerem as vossas considerações. Vos desafio a tirar um tempinho, num lugar recolhido e calmo para meditar esse texto, entrando na roda das conversas e escutando o que Jesus tem a dizer para vocês, pessoalmente.
Escutar a Jesus perguntando: “Tu me amas?” Buscar responder a partir do coração e da própria realidade, na verdade. A Pedro ordenou cuidar das suas ovelhas. O que será que vai pedir para você?
Bonito poder responder: “Tu sabes tudo, Senhor, tu sabes que te amo!” Quem sabe continuar a repetir isso a Jesus até que essa frase expresse o que vai no teu coração de discípulo e missionário de Jesus!
Lembrando que a partir da Páscoa, o Cristo continua presente e atuante na vida dos que creem na ressurreição. Sem esquecer que a vida cristã não é o seguimento de uma filosofia, mas de uma pessoa, um acontecimento: o Jesus histórico e o Cristo da fé. Uma relação de proximidade, própria de quem crê, de quem ama e se deixa amar.
Para refletir:
Textos Bíblicos: At 5, 27-32.40-41; Jo 21, 1-19; Sl 29 (30).