Por ocasião da festa de todos os santos e da lembrança dos nossos entes queridos, escutemos algumas afirmações do papa Francisco sobre a santidade a qual todos somos chamados. Diz ele:
“Gosto de ver a santidade no povo paciente de Deus: nos pais que criam os filhos com tanto amor, nos homens e mulheres que trabalham a fim de trazer o pão para casa, nos doentes, nas consagradas idosas que continuam a sorrir. Nessa constância continuar a caminhar dia após dia, vejo a santidade da Igreja militante. Esta é muitas vezes a santidade ‘ao pé da porta’, daqueles que vivem perto de nós e são um reflexo da presença de Deus”. (GE 7).
“Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra” (14). Essa santidade que o Senhor te chama irá crescendo com pequenos gestos” (15).
“Não tenhas medo da santidade. Não te tirará forças, nem vida e nem alegria” (32). “Cada cristão, quanto mais se santifica, tanto mais fecundo se torna para o mundo” (33). Não tenhas medo de apontar para mais alto, de te deixares amar e libertar por Deus. Não tenhas medo de te deixares guiar pelo Espírito Santo. A santidade não te torna menos humano, porque é o encontro da tua fragilidade com a força da graça. Existe apenas uma tristeza: a de não ser santo” (34).
Abraçar diariamente o caminho do Evangelho, mesmo que nos acarrete problemas: isso é santidade (94). Falando de Mt 25, 35-36 diz o papa que “o Senhor deixa bem claro que a santidade não se pode compreender nem viver prescindindo da justiça e da caridade. “Não podemos propor-nos um ideal de santidade que ignore a injustiça deste mundo” (101).
“O santo é capas de viver com alegria e sentido de humor” (122). Normalmente, a alegria cristã é acompanhada pelo sentido do humor… O mau humor não é um sinal de santidade” (126).
“Reconheçamos a nossa fragilidade, mas deixemos que Jesus a tome nas suas mãos e nos lance para a missão. Somos frágeis, mas portadores de um tesouro que nos faz grandes e pode tornar melhores e mais felizes aqueles que o recebem. A ousadia e a coragem apostólica são constitutivas da missão” (131).
Não acredito na santidade sem oração, embora não se trate necessariamente de longos períodos ou de sentimentos intensos” (147). Para poder viver em contínua oração e na presença de Deus “são necessários alguns tempos dedicados só a Deus, na solidão com Ele” (149).
Lembremos que a santidade não é privilégio de alguns, mas compromisso de todos. Ela pode estar muito mais perto de nós do que imaginamos: ao pé da porta ou mesmo dentro de casa.
Para refletir:
– Tenho momentos em que me coloco em silêncio, na presença de Deus?
– Me deixo olhar por Ele? Permito que o seu fogo inflame o meu coração?
– A busca da santidade está presente no meu projeto de vida?
Textos bíblicos: 1Jo 3, 1-3; Mt 5,1-12; Mt 25, 35-46; Sl 23 (24).