Entramos na terceira semana do Advento e vamos refletir sobre o sentido da partilha que brota da feliz expectativa do Natal que se aproxima e sempre nos visita com sua paz.
O Natal se aproxima e a alegria da chegada do Menino Jesus vai aumentando sempre mais. Mas, muitas pessoas ainda estão tristes porque não tem o necessário para viver dignamente. O que podemos fazer para renovar a alegria de tantas pessoas que se encontram nessa situação?
Muitas poderiam ser as respostas. Creio que todos concordam, convictamente, que o jeito e a solução por excelência é a PARTILHA.
Diante do egoísmo e acúmulo de bens do nosso tempo, o convite que o Natal nos faz, a partir do exemplo de desprendimento e simplicidade de Jesus ao nascer pobre e despojado, é o da partilha. Essa é a condição para que muitos irmãos e irmãs pobres possam ter, não só momentos de alegria, mas gozar da alegria duradoura.
O cântico do Magnificat, objeto de meditação do terceiro encontro de advento, expressa a gratidão a Deus que acolhe os pequenos e dispersa os soberbos. Maria proclama a mudança que a vinda do Menino, por iniciativa amorosa do Pai, trouxe na sua própria vida e na vida do seu povo. Ela pôde cantar: “Minha alma dá glórias ao Senhor e meu espírito se alegra em Deus, meu salvador”.
O nosso tempo requer uma mudança de atitude para viver bem o momento presente. Viver a alegria da partilha multiplica a capacidade de nos alegrarmos, porque nos torna capazes de rejubilar com o bem dos outros, como nos ensina o apostolo das gentes: “Alegrai-vos com quem se alegra” (Rm12,15).
Segundo o papa Francisco, três atitudes brotam do Natal: chamado a permanecer sempre alegres, mesmo quando as coisas não acontecem conforme nossos próprios desejos; quanto mais arraigados em Cristo, tanto mais encontraremos a serenidade interior e a alegria contagiante porque compartilhada e uma contínua ação de graças pelo amor misericordioso oferecido a todos gratuitamente.
A participação da coleta da Evangelização deste final de semana se apresenta como ocasião concreta e oportuna para a experimentarmos a alegria da partilha. É uma forma de viver a solidariedade de forma organizada.
Jesus, ao fazer-se pobre, nos deixou o melhor exemplo de partilha e solidariedade. Pedimos a Ele que nos ajude a termos um coração sensível às necessidades dos nossos irmãos e irmãs, bem como a capacidade de ir ao seu encontro, a fim de renovar a alegria de viver.
Para refletir:
– O que posso fazer para renovar a alegria de algumas pessoas tristes do meu convívio? Qual foi o motivo que alegrou o coração de Maria? E qual é o meu?
– Olhando para minha vida, com muita sinceridade, posso dizer que sou uma pessoa alegre e contagiante? O que precisaria mudar para sê-lo ainda mais?
Textos bíblicos: Is 35,1-6.10; Mt 11,2-11; Lc 1,46-56; Sl 145(146)