Com a Solenidade de Pentecostes estamos concluindo o ciclo pascal. Mais que um ponto de chegada é um posto de partida, porque o envio do Espírito Santo aos Apóstolos reunidos no Cenáculo com Maria fez com que saíssem pelo mundo dando testemunho da Ressurreição de Jesus.
Como nos ensina o Evangelho deste Domingo, Jesus apareceu aos discípulos e disse: “A paz esteja conosco. Como o Pai me enviou, eu também eu vos envio”. E soprando sobre eles, disse: “Recebei o Espírito Santo”. E confere-lhes o poder de perdoar pecados, ou seja, de agir em seu nome.
Por essas e outras palavras e ordens de Jesus percebemos que a Igreja realmente nasceu missionária. Animada pelo Espírito Santo de Deus sentiu-se enviada a anunciar e agir em nome do Senhor Jesus, levando a boa notícia da salvação e do perdão dos pecados a todas as criaturas.
Esta experiência da Igreja nascente se repete na história e nas nossas comunidades sempre que celebramos os sacramentos, especialmente o Batismo e a Crisma. Nestes momentos como aconteceu em Pentecostes, as pessoas ficam cheias do Espírito Santo, o amor de Deus é derramado nos corações dos que acolhem a Palavra e optam por seguir Jesus.
O Espírito Santo está sempre agindo nos que creem com coração e confessam com a boca a ressurreição do Senhor Jesus. Sua ação é muito sutil, quase imperceptível, mas real. Ele é o principal protagonista do desenvolvimento humano e cristão. Ele está presente e atuando, conduzindo o coração humano para o seu verdadeiro bem.
“Estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam reunidos. Ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo concedia que falassem” (At 2, 1-4). Podemos dizer que toda vez que alguém acolhe o Espírito Santificador se repete, aqui e agora, o milagre de Pentecostes.
Nesse dia em que a Igreja celebra sua vocação missionária, a Igreja do Regional Sul 3 da CNBB, promove a coleta para a sustentação do projeto missionário com a Igreja de Moçambique – África. Nossa participação nesse gesto concreto de fé e amor cristão, de partilha com quem mais precisa, é obra do Espírito Santo.
Deixemo-lo agir em nós e em nossas comunidades! Que a inquietação missionária suscitada pelo Espírito nos desinstale, de modo que nossas mãos se abram para partilhar, nossos joelhos se dobrem para suplicar e nossos pés partam para anunciar o Evangelho de Jesus.
Que Deus abençoe os missionários além-fronteiras e todos os que colaboram para dar condições de evangelizar.
Para refletir: Como vivencio a presença e ação do Espírito Santo na minha vida pessoal e familiar? Costumo invocar diariamente o Espírito Santo? Percebo sua presença e protagonismo? Como manifesto meu amor pela missão de levar a boa nova do Evangelho para os que ainda não conhecem Jesus?
Textos bíblicos: At 2, 1-11; 1Cor 12, 3-13; Jo 20, 19-23; Sl 103(104)