Não podíamos deixar passar o mês de maio sem darmos um espaço a Nossa Senhora. Lembramos o Dia das Mães, das quais Ela é protótipo, modelo e protetora: a Mãe de todas as mães.
Dos muitos títulos que damos à mãe de Jesus, certamente o mais preferido e antigo é o de “Theotókos = Mãe de Deus”, pois desperta em nós sentimentos bonitos: afeto materno, gratidão, amor que remetem a experiências maternais.
Essas experiências humano-afetivas, nos introduzem no nosso relacionamento pessoal com a Mãe do Céu. Ela nos foi dada por Jesus no momento mais trágico de sua vida, quando aos pés da cruz disse: “Mulher, eis aí o teu filho” e depois ao discípulo amado: “eis aí a tua mãe”. Que belo presente que ele nos deu: a maternidade espiritual de Maria!
Nesse ano, por ocasião dos 150 da proclamação de São José como guardião universal da Igreja, o papa Francisco nos presenteou com o “Ano de São José”, por meio da Carta Apostólica “Coração de Pai”. Demos ares à imaginação e deixemo-nos conduzir até Nazaré, na casa de Maria e de José. Deixemo-nos envolver pelo espírito que reinava naquela família de gente simples, humilde, sábia e santa.
É bonito olhar conjuntamente a vida de Maria e José. Cada um a seu modo devem ter marcado a vida do filho Jesus. A vida de ambos não deve ter sido fácil. Eram pobres e enfrentaram dificuldades para dar um mínimo de condições para o filho da promessa.
O pobre artesão de Nazaré, certamente, passou por momentos cruciais e difíceis. Pensemos o fato de sua esposa ter que dar à luz numa estrebaria, a fuga para o Egito, o retorno para retomar o trabalho de subsistência na Galileia, a iniciação do filho na fé judaica… Ali Jesus deve ter aprendido a profissão de carpinteiro/artesão como o pai José. Dele, aprendeu a respeitar todas as pessoas, especialmente as mulheres. Aprendeu a obediência como busca constante da vontade do Pai.
Muitas outras coisas poderiam ser apontadas como valores e princípios de vida que Maria e José comunicaram ao seu filho Jesus que moldaram sua personalidade humana, abitada pela graça divina.
Maria e José, a vós confiamos o cuidado e a proteção de tantas crianças, jovens e adultos; dos muitos pais e mães de família que se sentem impotentes diante dos desafios e dificuldades de dar aos seus filhos condições de vida digna e uma educação de qualidade.
Casal perfeito ou não, é difícil de dizer, mas mãe e pai exemplares e dedicados na missão a eles confiada, sem sombra de dúvidas. Mãe e pai presentes na vida do filho, condição indispensável para seu desenvolvimento sadio e equilibrado.
Para refletir:
Textos Bíblicos: Dt 4, 32-40; Rm 8, 14-17; Mt 28, 16-20; Sl 32