Continuando nossa reflexão a partir do texto base da Campanha da Fraternidade vamos percebendo quanto é importante e abrangente o tema da educação e a forma como deve ser conduzida por todos os educadores envolvidos direta ou indiretamente. Desde a menor instância (família) até a maior (Ministério da Educação), como todas as intermediárias precisam assumir sua parte com responsabilidade para que tenhamos cidadãos bem formados.
Como diz o texto, “O processo educativo faz parte integrante das relações familiares. Na família aprendemos a viver e conviver. Em cada etapa da vida Deus nos dá a oportunidade de aprender e amadurecer… A família é, portanto, o lugar privilegiado para crescer em sabedoria, idade e graça. Por isso se diz que a família é escola de virtudes…
Na vida em família, os pais tem o dever moral de educar e propiciar o desenvolvimento dos filhos. Essa responsabilidade precisa ser assumida e realizada de modo consciente, entusiasta, razoável e apropriada, formando para os valores éticos, a maturação afetiva, o consumo consciente, o enfrentamento para as situações de risco. A Igreja considera a missão educativa da família cristã como um verdadeiro ministério, através do qual é transmitido e irradiado o Evangelho”.
Para a Igreja, a educação é um direito universal e às famílias o poder publico deve possibilitar diversas ofertas, entre elas a educação cristã. Cabe a ele garantir o acesso universal, respeitando as opções das famílias quanto ao projeto educativo. Para uma educação para todos requer que todos – família, escola, sociedade – estejam pactuados para oferecer os melhores esforços para formar pessoas maduras e corresponsáveis na construção do bem comum.
Nesse sentido, o Papa nos propõem o Pacto Educativo Global contemplando sete pontos: centralidade da pessoa; ouvir a voz das crianças, adolescente e jovens; favorecer a plena participação das meninas e dos jovens na instrução; ver na família o primeiro e indispensável sujeito educativo; educar e educarmo-nos para o acolhimento; encontrar outras formas de compreender a economia, a política, o crescimento e o progresso; guardar e proteger a nossa casa comum.
A Igreja acredita que a família é o ambiente propício para educar na fé, para o diálogo, para o belo, o bom e o verdadeiro. É na família que se absorve mais facilmente a fé cristã, que se aprende que o dialogo é o caminho mais adequado para relações humanizadoras e onde se percebe quanto a vida oferece de belo, bom e verdadeiro.
Com o texto base concluímos: “A verdadeira educação faz-nos amar a vida, e abre-nos para a plenitude da vida… Se uma coisa é verdadeira, é boa e bela; se é bela, é boa e verdadeira; se é boa, é verdadeira e bela” (113 e 115). Assim, seguimos alimentando o desejo de descobri esse bom, belo e verdadeiro, chegando a “falar com sabedoria e ensinar com amor”.
Para refletir: Está ficando mais claro o que significa “falar com sabedoria e ensinar com amor”? Consigo perceber a abrangência que essa perspectiva educativa tem e que resultados pode produzir? Consigo ver o que tem de belo e bom na nobre missão de educar?
Textos bíblicos: Is 43, 16-21; Fil 3,8-14; Jo 8, 1-11; Sl 125(126)