Na semana passada acolhemos a reflexão que nos mostrava a relação entre o nascimento de Jesus e a vivência do Batismo. Nesta, vamos ver de perto a implicância com o Sacramento da Eucaristia. É obvio que Jesus nasceu biologicamente uma única vez.
O mistério da encarnação do Filho de Deus se deu num contexto bem concreto, como lemos em Lc 2,1-14: por ocasião de um recenseamento do governador Augusto, quando Quirino era governador da Síria. Os pais tiveram que sair de Nazaré para Belém, cidadezinha conhecida como “casa do pão”. Alí Maria deu luz a um menino que teve como berço uma manjedoura, coxo para a alimentação dos animais.
Como nos exorta o subsídio, com disponibilidade e alegria acolhamos em nossa vida Jesus que nasce hoje quando celebramos o Sacramento da Eucaristia. Desde começo de sua vida, Jesus tem a partilha como ensinamento central no projeto do Reino de Deus. Deus Pai partilha Jesus com o mundo como alimento.
Jesus ensinou de forma insistente que é preciso partilhar, multiplicou pães e os fez distribuir. No Pai-nosso colocou o pedido pelo pão de cada dia; e na Santa Ceia deu seu corpo e sangue para ser partilhado como alimento. O Menino Jesus que nasce é o Senhor da vida e deseja que o mundo todo seja Belém: “casa do pão”.
Assim como no Batismo também na celebração da Eucaristia, Jesus nasce hoje, se faz presença viva nos sinais do pão e do vinho consagrados e nos comunica a Graça Sacramental, a vida nova em Cristo. Toda vez que celebramos este sacramento atualizamos no aqui e agora a ação salvadora de Deus.
Que tal, neste ano, que passamos por tantos momentos nos quais fomos convidados a partilhar, ao invés da imagem do Menino Jesus, coloquemos na manjedoura um pão partido!
Quem sabe, parafraseando as palavras do anjo, possamos ouvir: “Não temais! Eu vos anuncio uma grande alegria, hoje em cada Eucaristia celebrada com fé na comunidade reunida e iluminada pela Palavra, nasce para nós o Salvador, que é o Cristo Senhor”.