Neste Domingo, a liturgia traz o evangelho da multiplicação dos pães. Jesus, diante de uma multidão de pessoas famintas, não quer despedi-las com fome. Manifesta seu desejo aos discípulos, que reagem dizendo: “Onde compraremos pão para tanta gente?” André observa: “Está aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixes… mas o que é isso para tanta gente?”
Jesus pede aos discípulos que organizem o povo em grupos e se acomodem na relva. Depois toma os cinco pães, dá graças, manda distribuí-los, e faz o mesmo com os peixes. Todos ficam saciados e ainda recolhem doze cestos. Eram aproximadamente cinco mil homens. Não explano todo o sentido do texto, mas aproveito o sinal dos “cinco pães e dois peixes” para aplicá-lo ao tema do dízimo que estamos refletindo em nossas comunidades.
Quem acompanha as reflexões deve ter percebido que a palavra que melhor expressa o sentido do dízimo é PARTILHA. Jesus precisou dos ‘cinco pães e dois peixes’ do menino para realizar o milagre da multiplicação dos pães, socorrendo a multidão faminta.
Ouvimos tantos discursos e testemunhos bonitos sobre a experiência de ser dizimista durante este mês: que o dízimo é uma questão de fé e amor; uma questão de evangelização; cria um sentido de pertencimento; deve ser uma decisão consciente que brota do coração; não é doar o que sobra, mas um sinal de generosidade; não é uma oferta ocasional, mas algo estável e periódico; é resultado de uma espiritualidade vivencial.
Também dizíamos que o dízimo não se limita ao dinheiro, mas que as comunidades precisam de recursos para honrar seus compromissos, promover a evangelização e realizar obras de caridade em favor dos mais necessitados.
Não esqueçamos que, assim como Jesus precisou dos “cinco pães e dois peixes” para saciar a multidão, hoje ele precisa da partilha do nosso dízimo para continuar sua ação salvadora no mundo através da Igreja. Ser dizimista é uma forma concreta de cooperar com a Missão.