Nos últimos anos, cresceram na Igreja Católica as iniciativas e experiências missionárias além-fronteiras, resultado de uma maior conscientização das pessoas e das instituições, especialmente das Igrejas Particulares (Dioceses), em sintonia com os Regionais provocados pelo Conselho Missionário Nacional (Comina) com o Projeto Missionário Nacional (PMN), que vem desafiando as Dioceses a assumirem um projeto de Igrejas Irmãs e cada Regional da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) um projeto Ad Gentes.
O tema do último Congresso Missionário Nacional, realizado em Manaus, preparando o 6º Congresso Missionário Americano (CAM), que se realizará em Porto Rico em novembro próximo, “Da Igreja local ao mundo inteiro”, certamente veio a despertar muito mais as Dioceses a se colocarem em saída, chamadas a assumir essa responsabilidade com o anúncio do Evangelho em territórios que ainda não foram alcançados por essa graça ou estão longe do ideal.
O papa Francisco não se cansa de apelar para uma “Igreja em saída”, saída missionária, até os confins… para que se cumpra o mandato missionário: “Sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (At 1,8).
O despertar da vocação para a missão Ad Gentes, acreditamos, é fruto da maturidade eclesial e do testemunho que os missionários e missionárias, sejam sacerdotes, religiosos/as ou leigos/as, ao voltarem, partilham suas experiências encantadoras, provocando outros corações a arderem pela missão.
A Diocese de Osório goza da alegria de, no momento, ser agraciada com a partilha do nosso amigo, biólogo e professor, o leigo Bene, que vive uma experiência muito significativa em Moçambique, participando da Equipe Missionária do Regional Sul III: “Aqui, aprendi sobre humildade, solidariedade e a verdadeira essência da fé. O povo moçambicano está me ensinando a importância da simplicidade e da fraternidade. Essa experiência mudou minha vida. Sou grato pela oportunidade de servir e aprender com esse povo maravilhoso.”
O testemunho do Bene e de tantos outros que já fizeram essa experiência missionária nos ajuda a dobrar nossos joelhos orando pelos missionários que partem, a abrir nosso coração e nossas mãos para ajudar com os meios necessários e, para outros, a colocar seus pés a caminho e partir.