Na semana passada refletíamos sobre o Natal como alegria de viver e conviver. Nesta segunda semana do Advento, que nos prepara para a celebração do mistério da Encarnação, o convite para nossos grupos é olharmos para o Natal como a alegria de sair ao encontro do próximo.
Tudo, por ocasião do Natal, tanto socialmente como religiosamente, nos chama para a alegria do encontro. Nenhuma comemoração supera o Natal como suscitador de sentimentos de esperança e alegria. Até a própria Páscoa, que para nós cristãos é o evento liturgicamente mais importante, parece não ter a mesma força de provocar tantas iniciativas de aproximação alegre de pessoas.
Não por nada nessa ocasião as famílias procuram se encontrar para celebrar juntas. É ocasião para as pessoas darem presentes, grupos realizam gestos de solidariedade, especialmente, em favor de crianças e pessoas em vulnerabilidade social e econômica. Vai-se ao encontro para aliviar o sofrimento e dar motivos para alegrar-se.
O texto bíblico de inspiração é Lc 1, 29-45, a visita de Maria a sua prima Isabel. Ela parte de sua casa, faz uma longa caminhada até encontrar-se com Isabel e lá permanece um bom tempo ajudando-a nos diversos serviços que uma gravidez de risco significava naquele tempo. Natal é tempo propício para irmos ao encontro do próximo, principalmente, daqueles que mais precisam, para levarmos ajuda, consolo, alegria e esperança.
O encontro das duas mães implica também o encontro dos dois filhos, ambas estão a serviço de uma missão que envolve os dois. O clima é de felicidade. “Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!” são as palavras de Isabel ao receber Maria em sua casa. Maria acreditou por isso antecipou-se na missão, foi às pressas ao encontro de quem precisava e ficou com Isabel três meses. Que belo exemplo de fé e alegria de encontrar!
Segundo o papa Francisco, essas duas mulheres se encontram com alegria e parece que aquele momento é só festa. Que bom seria se nós aprendêssemos a sair ao encontro dos outros. Como o mundo mudaria! O encontro é sinal cristão. O cristão que não é capaz de ir ao encontro dos outros, de encontrar os outros, ainda não é totalmente cristão.
Nosso tempo marcado pela correria e agitação, exige uma retomada do sentido de viver, conviver, do sair em busca do próximo, sobretudo daquelas pessoas que estão desencantadas com a vida. Saiamos, vamos ao encontro como Maria, para comunicar a alegria do Evangelho.
Para refletir:
– O tempo do Natal possibilita escutar melhor as pessoas, dialogar mais com elas e promover a cultura do encontro?
– O que mais me chama atenção nessa reflexão e exemplo de Maria? Como costumam ser os meus encontros com as pessoas? Consigo comunicar esperança e alegria de viver?
Textos bíblicos: Gn 3,9-15.20; Lc 1,29-45; Sl 97(98).