“Jesus estava sentado no templo, diante do cofre das esmolas, e observava como a multidão depositava suas moedas no cofre. Muitos ricos depositavam grandes quantias. Então, chegou uma pobre viúva que deu duas pequenas moedas.
Chamou os discípulos e disse: ‘Em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos os outros. Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo o que possuía para viver.’”
Jesus estava no templo de Jerusalém, centro religioso, político, econômico e ideológico da época. Ele se defronta com os doutores da Lei, que gostam de andar com roupas vistosas, ser cumprimentados nas praças, ocupar as primeiras cadeiras nas sinagogas e os melhores lugares nos banquetes.
A viúva, pobremente vestida, não era reconhecida, não tinha cadeira cativa na sinagoga, nem era convidada nos banquetes e sobrevivia com muito pouco. Muitas vezes, era explorada pelos doutores da Lei, que deveriam defendê-la.
Jesus está ali e observa como a multidão deposita suas moedas no cofre. Marcos observa que muitos ricos davam muito, o que exaltava o ego deles e fazia-os sentir-se abençoados por Deus.
Para Jesus, os pobres são os verdadeiros adoradores de Deus: “Esta pobre viúva deu mais do que todos os outros. Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela ofereceu tudo o que possuía para viver.” Algumas lições para nós:
– Quando fazemos nossa oferta, para quem quer que seja, precisamos dar de coração, se queremos glorificar o nome do Senhor e edificar os irmãos.
– A nossa oferta é santa e agradável a Deus quando damos do fruto do nosso trabalho.
– Doa muito quem ama muito e o faz com gratidão, sem nada esperar em troca, sem que a mão direita saiba o que faz a esquerda.
– Quem mais recebeu é chamado a dar mais, sem por isso julgar-se melhor do que os outros.
– O gesto da viúva lembra nosso compromisso com o dízimo. Estamos profundamente convencidos de que o dízimo é a melhor forma de prover todas as necessidades da evangelização e da manutenção das nossas comunidades. O dízimo, corretamente entendido e vivido, cria senso de pertença e faz as pessoas se sentirem parte da comunidade. É a melhor e mais evangélica forma de viver a caridade cristã.
A alegria de partilhar faz nossa vida mais bonita e abençoada. Experimente e verás!