A Igreja do Brasil dedica o mês de agosto às vocações. Nesta primeira semana falaremos dos Ministros Ordenados: o chamado a ser diácono, presbítero e bispo. Quem pode ser chamado ao sacerdócio? O que precisa saber? Quais atitudes? Quais qualidades humanas e cristãs?
Podemos logo dizer que não precisa ser um super-homem, santo ou perfeito, mas uma pessoa normal, um bom cristão que ama e se deixa amar, que acredita em Deus e a Ele se confia, colocando-se à disposição Dele para o que der e viver.
Para comungarmos o “pão da vida”, como nos convida o Evangelho, precisamos dos ministros ordenados, a quem Jesus confiou a responsabilidade de abençoar o pão e o cálice em Sua memória. Podemos dizer que o chamado ao sacerdócio – nos seus três graus – está muito em função da vida sacramental dos cristãos: batizar, confessar, consagrar, ungir, abençoar…
Todos sabem que a vida do ministro ordenado está em função da porção do povo que lhe foi confiada, no grau próprio como diácono, presbítero ou bispo. Seu envolvimento com o sagrado é uma constante. Portanto, precisa cultivar uma vida de oração, ter amor pela liturgia, ser capaz de escutar todas as pessoas, acolher bem…
Aos que procuram Jesus perguntando: “O que devemos fazer para trabalhar nas obras de Deus?” Jesus respondeu: “A obra de Deus consiste em que acrediteis naquele que Ele enviou”. Essa resposta vale para todas as vocações. Mas me atrevo a dizer que o ministério ordenado é uma das formas por excelência de trabalhar nas obras de Deus. Tudo na vida do padre está relacionado às obras de Deus: práticas religiosas, celebrações, orientação espiritual, pregação, etc.
Jesus, ao dizer que “a obra de Deus consiste em acreditar naquele que Ele enviou”, deixa claro que a fé é a condição primeira e fundamental de toda vocação. Se o ministro ordenado for aquilo que é chamado a ser: “homem de Deus para os homens e homem dos homens para Deus”, será um trabalhador na Obra de Deus, uma pessoa fecunda e feliz.