Quem são os amigos de Jesus? Como ser amigo de Jesus? O que fazer ou como viver para gozar da amizade de Jesus? Como ser seu íntimo, contar com sua presença e proximidade? Como ser seu discípulo? Jogar no seu time? Abraçar a sua causa? As perguntas poderiam continuar, mas vamos ao texto deste final de semana com a expectativa de encontrar alguma iluminação, cientes de que a resposta cada um deve encontrar. E um dos caminhos é a leitura atenta do Evangelho.
Mc 3, 20-35 começa dizendo que Jesus voltou para casa com seus discípulos e de novo se reuniu tanta gente que eles nem sequer podiam comer. Quando os parentes souberam disso, saíram para agarrá-lo porque achavam que estava fora de si. Levaram um chá de cadeira do lado de fora até concluir a diatribe com os fariseus sobre o poder com que Jesus realizava os seus sinais.
Diante da insinuação de que Jesus estivesse agindo movido por Belzebu, ele se vê obrigado a sentenciar: “Em verdade vos digo, tudo será perdoado aos homens, tanto os pecados como qualquer blasfêmia que tiverem dito. Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo nunca será perdoado; será culpado de um pecado eterno”. Palavras duras que fazem pensar. Jesus não podia aceitar e calar diante de tamanha distorção da verdade. Dizer que curar doentes, libertar pessoas do maligno e ressuscitar mortos fosse obra do demônio era demais. Por isso, ele é categórico: “Tudo será perdoado aos homens, mas o pecado contra o Espírito Santo nunca será perdoado”. Jesus não pode aceitar que a evidência dos fatos seja desvirtuada.
No final, quando avisado da presença da mãe e dos irmãos que o aguardam, ele responde perguntando: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” E, olhando nos olhos dos que estavam sentados ao seu redor, arremata: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos. Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
Essas duas frases respondem a todas as perguntas da introdução. Portanto, podemos concluir que o verdadeiro amigo de Jesus é “quem faz a vontade de Deus”.