A Festa de Todos os Santos e a celebração de finados nos fazem pensar no destino que nos espera. Não gostamos de falar sobre o fim de nossas vidas, mas não temos como fugir dele. Sabemos que não ficaremos neste mundo para sempre e nem o dia ou hora de nossa partida.
Todos sonhamos com um fim feliz, um fim que não é um fim, mas início de uma vida nova, mas não nos separa da atual: a vida eterna!
Como Deus, nós também desejamos que todos cheguem ao conhecimento da verdade e se salvem, mas isso depende das opções de cada um, pois Deus respeita profundamente a liberdade do ser humano, dando-lhe a possibilidade de acolher ou de rejeitar a salvação oferecida gratuitamente em Cristo.
Para alguns, “finados” lembra “morte”, para outros “vida”. Nós, cristãos, costumamos rezar pedindo a Deus que dê o descanso eterno aos nossos parentes e amigos falecidos. Isso significa que, de alguma forma, acreditamos que eles estão vivos e podem ser beneficiados por nossa solidariedade. Acreditamos, também, que podemos ser beneficiados pela sua intercessão quando alcançarem a glória definitiva junto de Deus pela comunhão dos santos.
Se nos deixarmos iluminar pelo Evangelho – basta lermos o texto de Mt 25, 31-46 – não tem como fugir de uma prestação de contas, e o critério principal do julgamento é a caridade, entendida como capacidade de solidariedade com os mais necessitados: “Estes – os que não foram solidários – irão para o castigo eterno, enquanto os justos – os que foram solidários – irão para a vida eterna”.
Iluminados pela Palavra, podemos afirmar com toda a serenidade que o homem não morre; que a verdadeira vida dura para sempre; que a morte física não é o fim, mas passagem para um outro estado de vida; que a vida não é tirada, mas transformada.
Nossa visita ao cemitério, lembrando os entes queridos, deve provocar em nós uma grande vontade de viver bem, em conformidade com o Evangelho.
Nossos defuntos esperam pela nossa oração, meio precioso para apressar sua visão beatífica na glória dos santos. Sim, eles vivem!