No texto de Marcos 6,7-13, vemos que Jesus convoca os doze apóstolos e os envia para continuar sua missão libertadora e anunciar o Reino de Deus. Ele os envia dois a dois, recomendando que não levassem nada pelo caminho, exceto um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura. Eles partiram e pregaram para que todos se convertessem. A aposta, portanto, não está nos bens materiais, mas na boa notícia a ser levada a todos os povos. Essa é a missão da Igreja: evangelizar.
Para evangelizar, são necessárias pessoas que, inspiradas pela fé, partam, enviadas pelas comunidades que darão sustentação humana e espiritual. A forma mais evangélica de participação da pessoa é o dízimo. Mas o que é o dízimo para nós que vivemos numa comunidade de fé e somos motivados pelo desejo de evangelizar? Quando uma pessoa pode começar a ser dizimista?
Se olharmos para as primeiras comunidades cristãs, o dinheiro era colocado aos pés dos apóstolos e depois distribuído conforme as necessidades de cada um. A doação passa a ser uma forma de participação efetiva na vida da comunidade dos seguidores de Jesus.
O dízimo deve ser uma contribuição ou doação livre, fruto de uma opção pessoal, expressão de uma fé madura, comprometimento de partilha e comunhão diante de Deus manifestada na comunhão eclesial. “Há mais felicidade em dar do que receber”. Hoje, há uma consciência de que o mundo dos bens materiais só se dignifica por meio do dom livre e não pela imposição de uma lei. O dízimo forma consciências generosas, ajuda a superar o individualismo e cria protagonismo.
Quando a pessoa começa a ser dizimista? Na iniciação à vida cristã. Quando a família é dizimista, naturalmente, a criança pode fazer a opção de partilhar seu dízimo. O momento da catequese é uma ocasião para apresentar o tema e motivar para essa prática, mesmo que modesta. O adulto começa a ser dizimista quando toma consciência de ser Igreja, quando se sente parte da comunidade e corresponsável por ela. Sempre é tempo de começar. Faça a experiência e veja como é bom.