A liturgia deste final de semana nos apresenta duas figuras importantes do cristianismo: Pedro e Paulo. O primeiro é simbolizado por uma chave e o segundo por uma espada, indicativos de suas missões: Pedro, escolhido por Jesus como a referência de unidade entre seus discípulos, e Paulo, chamado a espalhar a boa nova entre as nações.
Quando pensamos em Pedro, lembramo-nos do simples pescador levado a Jesus por seu irmão André, a quem Jesus declarou: “Tu és Simão, filho de Jonas; tu te chamarás Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. Na ocasião em que Jesus perguntou aos discípulos: “E vós, quem dizeis que eu sou?”, Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Jesus o parabenizou pela resposta e o confirmou em sua missão: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja… Eu te darei as chaves do Reino dos Céus”.
Quanto a Paulo, recordamos inicialmente um jovem judeu conhecedor profundo das Sagradas Escrituras, zeloso pela observância da Lei. Inicialmente perseguidor dos cristãos, tornou-se depois um grande evangelizador. Ele proclamava a Palavra de Deus com tanta convicção e fé que penetrava nos corações com um fervor tão intenso que chegou a declarar: “Já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim!” E ainda disse: “Ai de mim se não evangelizar!”.
A partir dos testemunhos desses dois grandes da fé em Cristo, gostaria de propor duas breves reflexões. Acredito que vale a pena parar e refletir sobre a pergunta de Jesus: “E vós, quem dizeis que eu sou?”
Ao observar meu estilo de vida, minha prática religiosa, minha participação na Igreja, meu cotidiano, quem é Jesus para mim? Quais são as implicações disso? Ele é alguém com quem mantenho uma relação de amizade? Com quem confronto minha vida?
Será que posso afirmar, como Paulo, “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim”? Será que almejo e busco viver essa mesma intimidade com Jesus?
Deixo a cada um o desafio de dar sua resposta pessoal de maneira existencial. Que seja uma boa meditação.