A Voz do Bispo › 30/08/2024

Semana da Pátria

Como bons cidadãos que amam sua pátria, o chão que pisamos e o povo livre e responsável que desejamos, compartilho aqui a mensagem da CNBB Sul III sobre as eleições municipais, para que possamos preparar nosso espírito e votar conscientemente:

“A Igreja Católica não tem partido. Empenhada na missão de anunciar o Evangelho, ela não renuncia ao seu compromisso político, que é o caminho concreto para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna, na qual todos possam viver com dignidade.

A gravidade dos desafios surgidos no RS com as enchentes e inundações exige um intenso trabalho para reunir forças, superar divisões e fortalecer a esperança. É tempo de cuidar e recuperar o sentido de pertencimento a esse pampa querido. É tempo de investir em projetos comuns e oferecer respostas que atendam à nova realidade que se nos impõe.

Diante disso, elencamos alguns critérios indispensáveis para iluminar a escolha de prefeitos e vereadores, a fim de garantir um voto participativo e consciente: compromisso com a promoção, a defesa e a proteção da vida de todas as pessoas, desde a concepção até a morte natural; promoção da família, com posicionamentos que priorizem e defendam seus valores; valorização do diálogo e da paz, com um discurso conciliador, capaz de ouvir e defender as propostas sem ofender os outros; empenho pelo bem comum, propondo projetos e ações que visem, particularmente, os mais necessitados, sem excluir ninguém; postura ética, correta e justa, sem histórico de envolvimento em casos de corrupção; e preocupação com a ecologia integral, colocando a emergência climática como prioridade.

Pedimos às comunidades cristãs que acolham a todos, sem promover um ou outro candidato. A propaganda eleitoral em templos de qualquer culto é proibida. Além disso, é vedado qualquer pedido de votos, implícito ou explícito, no ambiente das igrejas, capelas, instituições religiosas e similares.

É urgente criar um clima coletivo de liberdade para construirmos a paz entre nós. Em toda a sociedade dinâmica e criativa, as tensões são normais, mas não podem se converter em pressões e ameaças que afetem desastrosamente o processo democrático e a amizade social.”