Continuando nossa reflexão sobre o tema vocacional: “Igreja: uma sinfonia vocacional”, nesta semana vamos escutar o instrumento “família”, ou seja, a vocação matrimonial. Queremos refletir um pouco sobre essa bela vocação. Comecemos perguntando: todo homem é chamado a ser pai? Toda mulher é chamada a ser mãe? Ser pai e ser mãe é muito mais do que apenas colocar filhos no mundo. Na verdade, todo ser humano realiza de alguma forma a paternidade ou a maternidade.
No Catecismo da Igreja Católica lemos: “Os pais, enquanto participantes da paternidade divina, são os primeiros responsáveis pela educação de seus filhos e os primeiros anunciadores da fé. Têm o dever de amar e de respeitar seus filhos como pessoas e como filhos de Deus, especialmente, têm a missão de educá-los na fé cristã.”
Na Amoris Laetitia: “os padres sinodais partiram do olhar de Jesus, dizendo que Ele ‘olhou para as mulheres e os homens que encontrou com amor e ternura, acompanhando seus passos com verdade, paciência e misericórdia, ao anunciar as exigências do Reino de Deus. De igual modo nos acompanha, hoje, o Senhor no nosso compromisso de viver e transmitir o Evangelho da família”. A boa notícia da família.
Paulo VI, na Terra Santa: “Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social”. Quão bom seria se nossos jovens e líderes políticos entendessem isso!
A Gaudium et Spes definiu o matrimônio como comunidade de vida e de amor, colocando o amor no centro da família. O verdadeiro amor entre marido e mulher implica a mútua doação de si mesmos, inclui e integra a dimensão sexual e a afetividade, correspondendo ao desígnio divino. O matrimônio é uma vocação, sendo uma resposta à chamada específica para viver o amor conjugal como sinal imperfeito do amor entre Cristo e a Igreja. Por isso, a decisão de formar uma família deve ser fruto de um discernimento vocacional. A vida matrimonial é santa e sagrada: é VOCAÇÃO.