A Assembleia da CNBB desse ano trabalhou como tema central as “Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil”. Ter bons padres interessa a todos nós pastores e a vocês leigos e leigas de nossas comunidades.
Sabemos que os presbíteros, em virtude do sacerdócio ministerial, unidos ao bispo e aos demais membros da Igreja, ocupam lugar especial na missão de anunciar o Evangelho. Eles deixam muitas coisas boas e legítimas, optam por viver no celibato consagrado e na obediência para dedicar-se total e exclusivamente ao serviço de pastorear o povo a eles confiado.
Na atual realidade, verificam-se situações que afetam e desafiam sua vida e seu ministério. Existe o desafio em relação à identidade teológica do ministério presbiteral. Ele não é um mero delegado ou um simples representante da comunidade. Pela unção do Espírito e por sua especial união com Cristo que deriva do sacramento da Ordem, ele é um dom para a comunidade. O sacerdócio ministerial é um dos meios que Jesus utiliza para servir o seu povo.
A Igreja, por ser uma realidade divino-humana, tem seus problemas e dificuldades, mas conta com a força da Graça. Jesus preveniu que “Reino de Deus” é semelhante a uma rede que recolhe peixes bons e maus, a um campo onde o trigo e joio crescem juntos.
Os padres são chamados e crescem nesta realidade limitada de nossas famílias e comunidades, onde coexistem virtudes e limites, graça e pecado. Como nos lembra o papa Francisco, em sua ultima exortação apostólica: “todos os fiéis, seja qual for sua condição ou estado, são chamados pelo Senhor à perfeição do Pai, cada um por seu caminho”.
Portanto, quer para o padre como para o leigo, ser santo significa viver a perfeição do Pai, ou seja, o amor e a misericórdia. E cada qual segundo o seu estado e realidade própria.
Vejam que belo perfil de presbítero nos oferecem as diretrizes que aprovamos na Assembleia:
“O objetivo geral deste processo é formar presbíteros, configurados a Jesus Cristo, Mestre, Sacerdote e Pastor, levando-os a buscar a santidade, ser discípulos missionários, verdadeiros pastores do povo de Deus, exercendo com humildade a função pastoral de guia dotado de autoridade, mestre da Palavra e ministro dos sacramentos, a fim de praticar uma fecunda paternidade espiritual”.
Esperamos que estas diretrizes sejam de ajuda para que nossas comunidades tenham sempre padres bons, a altura de ajudá-las a viver sua fé e percorrer o seu caminho de santificação.
Para refletir:
1. Como são os padres que eu conheço? Consigo vê-los como escolhidos por Deus e habilitados por Ele para colaborarem no meu caminho de santificação?
2. Eu e minha família o que fazemos para ajudar a Igreja para que tenha sempre bons padres?
3. Sinto-me chamado a viver santamente no meu estado de vida e realidade própria?
Textos bíblicos: Ef 1,4; IPd 1,16; Jo 15,1-8.