Na semana passada nos sentimos encorajados pelas palavras que o anjo dirigiu a José devido a confusão em que se encontrava por ocasião da concretização da promessa feita ao povo de Israel: “Não tenhas medo!”. E nesta nos deparamos na proposta do subsidio de preparação ao Natal com o motivo da coragem que somos chamados a ter e viver, ou seja, não tenhamos medo porque “Deus está entre nós!”.
O texto bíblico que dá sustento a reflexão é Lc 2, 1-7: “Estando José com Maria gravida em Belém chegou a hora do parto e Maria deu à luz um filho primogênito. Envolveu-o em panos e o deitou numa manjedoura, pois não havia lugar para eles na pousada”. Quem diria que naquele frágil menino recostado sobre um pouco de feno na manjedoura – local onde os animais comiam – estava presente a terceira pessoa da Santíssima Trindade, o Filho Primogênito de Deus, ou seja, Deus mesmo em carne e osso, o Criador de todas as coisas?
Com Cristo nunca estamos sozinhos. Acreditamos que ele continua a nos visitar. E ilustramos isso com as palavras do papa Francisco ao contemplar o presépio no ano passado. Escreveu:
“O Presépio manifesta a ternura de Deus. Ele, o Criador do universo, abaixa-se até à nossa pequenez. O dom da vida, sempre misterioso para nós, fascina-nos ainda mais ao vermos que Aquele que nasceu de Maria é a fonte e o sustento de toda a vida. Em Jesus, o Pai deu-nos um irmão, que vem procurar-nos quando estamos desorientados e perdemos o rumo, e um amigo fiel, que está sempre ao nosso lado; deu-nos o seu Filho, que nos perdoa e nos tira do pecado”.
“O coração do Presépio começa a palpitar quando colocamos lá, no Natal, a figura do Menino Jesus. Nessa fraqueza e fragilidade, esconde o seu poder que tudo cria e transforma. Parece impossível, mas é assim: em Jesus, Deus foi criança e, nessa condição, quis revelar a grandeza do seu amor, que se manifesta num sorriso e em suas mãos estendidas para quem quer que seja”.
Diante da imagem do Menino Jesus, o Menino Deus, demos ares a nossa imaginação e, seja pessoalmente ou em família ou ainda no Grupo de Famílias, deixemos aflorar os sentimentos puros e genuínos que brotam dessa contemplação. E porque não partilhá-los com os irmãos e irmãs do nosso convívio? Sim, Ele desceu e se fez um de nós, para que nós possamos subir até Ele, atraídos pelo seu amor infinito.
Para refletir: Quando e como foi que você sentiu o amor de Deus em sua vida? Onde posso encontrá-lo entre nós, hoje? Com quais rostos? Em que realidades humanas e litúrgicas posso vê-lo? Costumo montar um pequeno presépio em minha casa? Que tal?
Textos bíblicos: Is 40, 1-11; Lc 2, 1-7; Sl 84(85).