É muito bonito o jeito que Paulo escreve aos Tessalonicenses 1,1-5 e revela a dinâmica da missão, o jeito certo de evangelizar. Paulo começa louvando a Deus e recordando a obra de Deus nas pessoas que receberam a boa notícia: “Damos graças a Deus por todos vós, lembrando-vos sempre em nossas orações. Diante de Deus, nosso Pai, recordamos sem cessar a atuação da vossa fé, o esforço da vossa caridade e a firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo”.
A qualidade de vida das pessoas que se convertem, que encontraram Jesus e começaram a seguir seus ensinamentos são notáveis. Paulo as resume nas três virtudes teologais: atuação na fé, o esforço da caridade e a firmeza da esperança.
Depois prossegue falando da graça que é estar no número dos eleitos e amados por Deus: “Sabemos, irmãos amados por Deus, que sois do número dos escolhidos”. E deixa claro que isso aconteceu por iniciativa de Deus, por obra do Espírito Santo: “Porque o nosso Evangelho não chegou até vós somente por meio de palavras, mas também mediante a força que é o Espírito Santo; e isso com toda a abundância”.
Fica evidente que a evangelização, motivo pela qual a Igreja existe, a conversão das pessoas se dá pelo anúncio do mistério do amor de Deus por pessoas apaixonadas pela missão. O testemunho de fé dos cristãos abre o caminho para que o Espírito Santo incendeie o coração de amor de Deus dos que o buscam, até mesmo sem saber onde o encontrar.
O papa Francisco expressa em sua mensagem dizendo que “o Mistério Pascal, a misericórdia divina cura a ferida original da humanidade e derrama-se sobre o universo inteiro. A Igreja sacramento universal do amor de Deus pelo mundo, continua a missão de Jesus na história e nos envia para todos os lugares para que, por meio do nosso testemunho de fé e do anuncio do Evangelho, Deus continue a manifestar o seu amor e, assim, possa tocar e transformar corações, mentes, corpos, sociedades e culturas em todos os lugares e épocas”.
Como desde a origem e em todos os tempos, Deus quer pessoas concretas que fiquem com Cristo para depois partir, ir pelo mundo, nos vários areópagos onde as pessoas se encontram para anunciar-lhe o Evangelho e dando testemunho da sua ação salvadora e redentora.
Continua passando e perguntando – como ao profeta – ‘quem enviarei?’ Poder responder: “Eis-me aqui, envia-me” é uma grande graça, um grande presente, que somente compreende quem faz a experiência de partir.
Para refletir: Consigo perceber que Cristo chega às pessoas através de outras pessoas? Mas, quais pessoas? Com quais condições e disposição? Como posso fazer essa ponte para que outros se encontrem com Jesus?
Textos bíblicos: Is 45, 1.4-6; 1Ts 1, 1-5b; Mt 22, 15-21; Sl 95 (96).