O desejo de responder com amor a quem nos amou primeiro é a essência da vida cristã. Tomar consciência disso e assumi-lo na prática do viver cotidiano faz toda diferença para a vida de uma pessoa. É a opção pelo seguimento de Jesus e de viver segundo o Evangelho.
Esse é o sentido do que nos diz o papa Francisco na sua mensagem para o Mês Missionário. Trago aqui esse conteúdo sem citá-lo, certo que vai encher o nosso coração de amor pela missão.
Quando experimentamos a força do amor de Deus, quando reconhecemos a sua presença de Pai na nossa vida pessoal e comunitária, não podemos deixar de anunciar e partilhar o que vimos e ouvimos. A relação de Jesus com seus discípulos, a sua humanidade que se revela no mistério da Encarnação, no seu Evangelho e na sua Páscoa nos mostram até que ponto Deus ama a nossa humanidade e faz suas as nossas alegrias e sofrimentos, nossos anseios e angustias.
A história da Evangelização começa com uma busca apaixonada do Senhor que chama e quer estabelecer um diálogo de amizade com cada pessoa, onde quer que ela esteja. A experiência da amizade com o Senhor ao vê-lo curar os doentes, comer com os pecadores, alimentar os famintos, aproximar-se dos excluídos, tocar os impuros, identificar-se com os necessitados, propor as bem-aventuranças, ensinar de maneira nova e cheia de autoridade deixou nos discípulos uma marca indelével, espanto e alegria incontida.
Com Jesus, vimos, ouvimos e sentimos que as coisas podem mudar. Ele inaugurou, já para hoje, os tempos que virão, recordando-nos uma característica essencial da nossa humanidade: ‘fomos feitos para a plenitude que só se alcança no amor’… O ardor missionário nunca pode ser obtido como resultado de um raciocínio ou cálculo. Colocar-se em ‘estado de missão’ é um reflexo de gratidão.
No contexto atual há urgente necessidade de missionários de esperança que, ungidos pelo Senhor, sejam capazes de lembrar profeticamente que ninguém é salvo por si mesmo. Por sua natureza, a vida de fé exige crescente abertura, capaz de alcançar e abraçar a todos. Gosto de pensar que mesmo os mais frágeis, limitados e feridos podem ser missionários à sua maneira, porque sempre devemos permitir que o bem seja comunicado, embora coexista com muitas fragilidades.
Lembramos especialmente aqueles que foram capazes de partir, deixar terra e família para que o Evangelho alcance, sem demora e sem medo, lugares e povos onde tantas vidas estejam carentes de bênçãos. Contemplar o seu testemunho missionário nos anima a ser corajosos e persistentes e a orar insistentemente ‘ao Senhor da messe que mande operários para a sua messe.
Para refletir: Sinto-me contemplado nessa mensagem do Papa Francisco sobre o espírito missionário? Como posso dar minha contribuição para que outros encontrem Jesus e com Ele o sentido da vida? O que vimos e ouvimos que podemos testemunhar às pessoas que encontramos no nosso convívio?
Textos Bíblicos: At 4, 1-21; Heb. 2, 9-11; Jo 15, 12-17; Sl 127(128).