No último domingo de junho, a Igreja celebra a solenidade de São Pedro e São Paulo. Para nós, dia que lembramos o Papa com sua missão. Hoje, Francisco está na responsabilidade que foi de Pedro.
Muitas coisas poderiam ser ditas sobre os dois apóstolos. Me limito a lembrar que Paulo não foi papa, mas não por isso é menos importante do que Pedro. Pedro, o escolhido pelo Cristo para estar a frente da Igreja nascente, referência humana importante para a unidade. Francisco, atual bispo de Roma, carrega nos ombros a grande responsabilidade como timoneiro da Igreja Católica, ciente que Cristo é a cabeça desse corpo.
Os Santos falam pelo seu testemunho de vida. Sinal disso é o fato que a maioria são mártires. Como refletíamos no domingo passado, trazendo o pensamento do papa Francisco, com a expressão ‘santo ao pé da porta’, esse chamado não é privilégio de alguns, mas de todo cristão, do mais letrado ao analfabeto, porque mais que algo intelectual, a santidade é questão de coração e se dá na realidade concreta do dia-a-dia.
Segundo Emanuel Matos, “não há razão para estranhar o fato de o papa propor hoje um chamado à santidade, porque o seu pensamento está centrado na impossibilidade de separarmos a nossa inserção no mundo concreto das contradições humanas da nossa experiência espiritual profunda de união com Deus e com os irmãos, sob pena de reduzirmos o cristianismo a uma mera e pobre ideologia”.
Os santos foram pessoas que amaram muito a Deus e, consequentemente, também os irmãos com gestos simples e concretos, especialmente os mais pobres e necessitados. Se olharmos os santos fundadores, todos responderam a uma situação que clamava solidariedade na sua época.
Podemos dizer que o papa Francisco nos provoca com seu exemplo a percorrer esse caminho?
Certamente, se tem uma pessoa que nesse momento fala ao mundo com seus gestos, atitudes, jeito de exercer sua responsabilidade na Igreja, é ele. Ele nos mostra o caminho e nos convida a percorrê-lo.
A santidade! Um ideal próximo de todos, possível de ser construído pessoal e comunitariamente, como forma de reinventar a nossa relação com Deus, Cristo, Maria, com a Igreja e os irmãos. Um desafio e um modo de vida para o nosso tempo.
Alguém poderia questionar: “Ser santos, mas para que?”
Como sugere o autor acima citado: “Sermos santo para dar Deus ao mundo e o mundo de volta a Deus”. Não é bonito e importante? Todos saem ganhando quando, ao menos alguns, se propõem percorrer esse Caminho.
Pedro, Paulo, Francisco, eu, você… todos chamados à santidade!
Para refletir:
1. O papa e sua missão. Como o vejo? Qual o meu sentimento para com ele? Sinto-me na obrigação de rezar por ele em função da sua missão na Igreja e para o mundo?
2. Sinto-me chamado a levar uma vida o mais santa possível a partir do meu estado de vida e realidade na qual me encontro?
3. Com que tipo de cristão eu gostaria de ser identificado? Qual é o meu ideal de vida?
Textos Bíblicos: 2Pd 1,1-11; 2Tm 4,6-8.17-18; Mt 16,13-19