Neste domingo, solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo, a igreja do Brasil abre o Ano Nacional do Laicato, com o tema: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino”. E o lema: “Sal da Terra e luz do Mundo”.
Durante o ano teremos oportunidade de aprofundar esse tema. Hoje, limito-me a evidenciar o que o Evangelho nos diz sobre o acesso à realeza de Cristo.
Mt 25, 31-46 deixa bem claro que terá sim um juízo final, feito pelo rei-pastor e o lugar será dado a quem viveu as obras de misericórdia em favor dos menos favorecidos: “tive fome e me deste de comer, tive sede e me deste de beber, estava nu e me vestiste, encarcerado e viestes me visitar… entre no gozo do teu Senhor”.
No domingo passado, por instituição do Papa Francisco como conclusão do Ano da Misericórdia, celebramos o primeiro Dia Mundial dos Pobres, com o lema “Não amemos com palavras, mas com obras”, extraído da 1ª Carta de São João: “Meus filhinhos, não amemos com palavras nem com a boca, mas com obras e com verdade” (1 Jo 3, 18).
E o Papa explica: “Estas palavras do apóstolo exprimem um imperativo de que nenhum cristão pode prescindir. A importância do mandamento de Jesus aparece ainda mais acentuada ao contrapor as palavras vazias, que frequentemente se encontram na nossa boca, às obras concretas, as únicas capazes de medir verdadeiramente o que valemos”.
“Possuímos um grande testemunho já nas primeiras páginas dos Atos dos Apóstolos, quando Pedro pede para se escolher sete homens ‘cheios do Espírito e de sabedoria’ (6, 3), que assumam o serviço de assistência aos pobres. Este é um dos primeiros sinais com que a comunidade cristã se apresentou no palco do mundo: o serviço aos mais pobres”.
“Convido a Igreja inteira, os homens e mulheres de boa vontade a fixar o olhar, em todos aqueles que estendem suas mãos invocando ajuda e pedindo nossa solidariedade. O convite é dirigido a todos, independentemente da pertença religiosa, para que se abram à partilha com os pobres como sinal concreto de fraternidade”.
A parábola é claríssima: “aos justos – os solidários com os necessitados – a vida eterna e aos ímpios – os indiferentes com as situações dos seus irmãos – o castigo eterno”. O que nos permite participar do reino de Cristo é a caridade feita de gestos concretos.
Por isso: “Senhor, dai pão a quem tem fome e fome de justiça a quem tem pão!”
Para refletir
1. Quais são meus sentimentos e atitudes diante dos pobres e necessitados que batem à minha porta?
2. Sou uma pessoa sensível e capaz de partilhar com quem passa necessidade
Sugestão de leituras:
Mt 25, 31-46; 1ª Jo 3,18 e Tg 2, 14-22