A quarta semana do mês vocacional é dedica aos ministérios leigos. Todos os batizados são chamados a ser sal da terra e luz do mundo, portadores do múnus comum de sacerdote, profeta e rei. Todos, discípulos missionários de Jesus, anunciadores e testemunhas da Boa Nova do Evangelho.
Cada ser humano que vem a este mundo é de alguma forma vocacionado, porque é um ser único e irrepetível, ocupa um lugar, participa de uma família, de uma comunidade, faz história, influencia e é influenciado, com sua inteligência e gênio vai trabalhar e criar coisas e relacionamentos que devem enriquecer a humanidade.
Infelizmente, muitas vezes, nem as famílias e nem as escolas se preocupam em ajudar os jovens a pensar e dar um objetivo a sua vida, a partir dos dons que recebeu. Pouco se oportuniza experiências de discernimento vocacional e profissional. As pessoas vão vivendo, meio que abandonas ao destino, sem um sonho de vida a alcançar.
Até mesmo nos nossos ambientes eclesiais, nem todos se sentem a vontade de falar sobre vocação e vocações. É importante que os adolescentes e jovens que vão se preparando para a vida se questionem sobre o rumo a dar as suas vidas e perceberem o leque de possibilidades. Inclusive o estado de vida a abraçar. A própria decisão de constituir família não pode ser automática, mas vai discernida na oração e à luz da Palavra de Deus que nos ajuda a descobrir a sua vontade a nosso respeito.
Muitos são os ministérios e serviços que os leigos podem exercer na Igreja e na sociedade. O primeiro compromisso do cristão leigo é dar testemunho de Jesus Cristo, lá onde vive: na própria casa, no ambiente de trabalho, na roda de amigos, nos meios de comunicação, etc. É sua missão estar lá onde se decidem as políticas públicas: poder executivo, legislativo e judiciário, como também nos Conselhos de Direitos e em todas as profissões.
Como nos ensina o Papa Francisco: “A missão no coração do povo não é uma parte da minha vida, ou um ornamento que posso pôr de lado; não é um apêndice ou um momento entre tantos outros da minha vida. É algo que não posso arrancar do meu ser, se não me quero destruir. Eu sou uma missão nesta terra, e para isso estou neste mundo. É preciso considerarmo-nos como que marcados a fogo por esta missão de iluminar, abençoar, vivificar, levantar, curar, libertar.” (EG 273).
Cabe a vocês, leigos e leigas, homens e mulheres da Igreja no coração do mundo e homens e mulheres do mundo no coração da Igreja, fazer essa ponte entre Igreja e Sociedade. Todos deveriam sentirem-se revestidos de algum ministério, mesmo que não todos sejam reconhecidos como tais.
Para refletir:
Textos Bíblicos: Js 24,1-2.15-18; Jo 6, 60-69; Sl 33(34).