Continuando nossa reflexão do mês vocacional, nesta semana refletimos e rezamos pelas pessoas chamadas à “Vida Consagrada”.
Como as palavras “Vida” e “Consagrada” já dizem, no seguimento de Jesus, desde o início do cristianismo sempre houve pessoas que deixaram tudo: pais, casa, profissão… para dedicar-se única e exclusivamente à oração e ao serviço dos mais necessitados e vivendo em comunidade.
Esse tipo de seguimento começou com os anacoretas – monges cristãos que viveram em retiro, solitariamente, especialmente nos primórdios do cristianismo. Aos poucos, por questão de segurança, foi se organizando em grupos e construindo suas próprias regras de vida.
Essas formas de vida persistem até hoje: vida contemplativa, tanto masculina como feminina; vida ativa, ou seja, religiosos e religiosas que atuam em vários campos da sociedade: educação, saúde, assistência social aos pobres, evangelização em terras de missão movidos unicamente pelo desejo de fazer o bem.
Recentemente surgiram outras formas de vida consagrada: Institutos Seculares e Novas Comunidades. Todas essas formas de consagração assumem publicamente, mediante votos ou promessas, de viver os três conselhos evangélicos: pobreza, castidade e obediência. Geralmente possuem alguma forma de vida comunitária.
Cada chamado vive uma história de amor entre Deus que chama e a liberdade da pessoa que, no amor, responde. A iniciativa de chamar é sempre de Deus.
“Não foram vocês que me escolheram, mas eu escolhi vocês e vos constituí para irdes e produzirdes fruto e que o vosso fruto permaneça” (Jo 15, 16). Isso continua válido, hoje e sempre.
Essa vocação é sempre um dom da graça divina e nunca um direito do homem. Se olharmos a história da Igreja percebemos como ao longo dos séculos, o Espírito irrompeu muitas vezes, suscitando formas de vida consagrada próprias para cada época.
O diferencial desta vocação é a “Consagração”, ou seja, a entrega total e para sempre da própria liberdade, afetividade e direito de possuir. O consagrado não se pertence mais, é todo de Deus e para sempre.
Toda consagração cristã tem como referencial Jesus Cristo, o Ungido, o consagrado por excelência. Assim que, ninguém pode ser verdadeiramente consagrado a não ser na consagração de Cristo e na sua configuração pessoal: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim”.
Que o Senhor nos dê olhos para ver as encantadoras maravilhas divinas que vão se dando nos corações dos que, ouvindo o chamado, respondem SIM e entregam-se totalmente nessa aventura de fé e amor.
Jovem, caso te sentes chamado, não tenhas medo! Vale a pena responder e corresponder.
Para refletir:
1. A Vida Consagrada teve grande participação na missão da Igreja no mundo. Percebo essa contribuição? Como ela está presente em minha comunidade e cidade? Ela conta com meu reconhecimento e apoio?
2. Incentivo os jovens a seguir por esse caminho de consagração religiosa?
3. O que eu e minha família podemos fazer para o despertar de novas vocações para a Vida Consagrada?
Textos Bíblicos: Is 6, 1-8; Lc 1, 26-38; Jo 15, 9-17.